Processos Cognitivos Formadores de Memórias Vitais Na Continuação Do Desenvolvimento E Crescimento Da Espécie Humana.
O meio ambiente seleciona os mais aptos – Charles Darwin 02/01/1809 – 19/04/1882
Conhecimentos são peças históricas temporais cientificas ou não, que se juntam “à moda de tijolos” para formar construções vitais na vida de cada ser humano, as quais são denominadas “Culturas”.
Culturas, conseqüentemente depois de formatadas se transformam em galerias virtuais, mentais, igualmente temporais, onde são expostas as imagens pictóricas, abstratas conhecidas como Memórias que precisam de movimentos, gestos, ações e projetos objetivos para se materializar espacial, visível e fisicamente, enquanto motivam o descortinar de horizontes de todos os matizes por atração e repulsão nas danças dos universos pessoais por evoluções, adaptações, organizações e especificidades da criatividade de cada qual. Isto tem estado permitindo ao homem sobre-existir com muito mais confortos do que, quando vivia em cavernas.
- Conforto nos Hábitos Alimentares. Por força da expansão de suas faculdades com as dificuldades que as épocas ofereciam, o homem percebeu que poderia ter uma alimentação mais frugal. A moderação, a sobriedade e a simplicidade, características originais de seus estados mentais levaram-no ao longo dos tempos a abandonar o cardápio onde o elemento de sua própria espécie estava inserido como refeição.
Imagine agora que grande salto de inteligência a espécie deu. Superou o canibalismo ativo, uma força natural, fisiológica do seu sistema orgânico, da qual ele nunca conseguiu muito se afastar, ou anular, mas conseguiu superar uma imposição das mais fortes organicamente. Bastam que as circunstâncias de carências alimentares venham se ostentar agressivamente e os sistemas orgânicos retomam o canibalismo ao se alimentar das próprias reservas protéicas, depois as reservas musculares até matar por inanição, ou estado de esgotamento.
Esta força agressiva interior orgânica do ser humano, o canibalismo, embora não pareça, age diretamente com impactos profundos também no sistema cognitivo, o sistema de desenvolvimento cultural de cada um de nós, o sistema de compreender-se e compreender aos outros. É ai que incide, que torna realidade crua e nua, em minha opinião, O PONTO DE MUTAÇÃO.
O canibalismo tipo fagocitose mental é tão agressivo quanto a sofreguidão do alimentar o estomago e faz com cada indivíduo o que ele jamais imaginaria que é capaz, mesmo bem se alimentando estomacalmente esta força corrosiva de ideias, de conceitos e de opções positivas deixa qualquer "incauto e desleixado" sem vontade de continuar sua jornada expansiva de cultura sustentável.
Agora pare e deixe cuidadosamente o seu pensamento rolar nas imagens sensoriais que tem estado armazenando ao longo de sua vida e observe nas pessoas, que por quaisquer circunstancias deixaram os estudos de lado, ou os tem como atavios, enfeites e passaram a alimentar o cérebro tão somente com a cultura de mundo visual, ou auditiva, hoje ostensivamente também nas novelas, nos filmes e nos jornalismos modernos que felizmente mostram ao vivo, os momentos que acontecem os pontos altos dos desvios dos conjuntos de princípios de civilidade.
Estas pessoas:
1. Ocupam antecipadamente a mente com todo tipo de ações, ou atividades mórbidas que destroem o seu sistema nervoso, embora provendo o estômago normalmente. As suas células se envelhecem antes do tempo e tornam seus portadores pessoas indesejáveis.
2. Agem repetitiva, imprudente e improdutivamente. Fazem sempre as mesmas coisas, falam as mesmas coisas, fúteis na maioria das vezes. Tentam roubar o que resta do senso comum dos outros, enquanto prejudicam o seu e o tempo deles, ao expor uma preguiça que não tem tamanho para elevar o seu estado mental, o que as tornam em seres pobres interiormente dia após dia do seu viver. Isto acontece mesmo até com algumas que possuam bens patrimoniais e equilibradas situações financeiras.
3. Chegam a desenvolver uma cultura superficial de gentilezas por disfarce, ou simulação. Atavios do espreitar o momento certo de dar o golpe em cada pessoa que cruza ao longo do seu caminho. Parecem hipnotizadas por suas atuações. Não fazem questão de escondê-las mais, quando já se tornam dependentes depois de certo tempo. O que as fazem candidatas aos sistemas prisionais.
4. Colocam-se em posições estratégicas para um numero sem fim de simulacras alterações comportamentais para atuações grotescas de personalidades que não lhes impingem, não lhes forçam a engolir, ou admitir uma responsabilidade qualquer de comprometimento pelas suas armações:
5. Nunca devolvem o que lhes emprestam, ou tomam emprestado.
6. Passam informações sempre pela metade, de maneira que a facilidade não cumpra o seu papel de melhorar as vidas dos outros ao seu redor. “Troca” é o seu sistema de relacionamento. Espontaneidade jamais.
7. Alguns negam peremptoriamente o que sabem para que outros não imaginariamente tomem o seu poder e percam o comando.
8. Assumem ares de importância e só vivem de dar ordem por quaisquer coisas comuns que lhes venham agregar a vida, menos, boa cultura.
9. Não têm mais como sustentar os poderes memoriais culturais de enxergar o mundo com um novo olhar de otimismo. E isso é o que é pior. Tal comportamento vem formatando de maneira impensável, egoística e destruidoramente o sentido de sobriedade, de organização, de adaptação, de superação, de simplicidade e de afeto dos adolescentes responsáveis por futuras gerações.
A ausência de renovação cultural provoca o canibalismo ou fagocitose cultural até o desleixo existencial generalizado, único motivo por mim encontrado por observação que leva as pessoas à mendicância.
Depois da adoção deste tipo de atitude, o que ainda me pareceu é que a força orgânica vai acionando e direcionando outra força, a do desejo, já transformada em atitudes banais, para as coisas banais. O cérebro e a mente consequentemente não recebem mais os “toners hormonais da satisfação pessoal" de continuar a luta para construção de uma vida grandiosa e então, o individuo cai na mesmice da vivencia horizontal de uma vida perniciosa intencionalmente.
Nos meus recônditos memoriais estão indeléveis impactos benéficos sentidos por aquelas pessoas ao encontrar alguém que lhes ouvisse e sugerisse alguma coisa que otimizasse as suas vidas, enquanto as ajudavam no minorizar os motivos que as estavam prendendo naquelas situações. Estes encontros que tive com algumas pessoas exercendo atividades como pedintes por diversas razões explicadas por elas promoveram grandes conhecimentos. Isto porque naquela época ainda era possível parar, conversar com elas e orientá-las em direção a um novo horizonte, mesmo que fosse uma atitude improvável.
- Conforto Tecnológico. Este avanço tem estado permitindo ao homem uma sobra de tempo incontestável e possibilidades, dantes inimagináveis para se aperfeiçoar, e otimizar o seu cabedal próprio de conhecimentos. Todavia, ele prefere enxergar pelo viés da maneira mais fácil de praticar desvios, de adulterar o uso correto de algumas ferramentas para se tornar igual. Quero dizer: Para desfazer seus contornos referenciais pessoais, individuais com a arte da simulação, de maneira a se aproveitar da credibilidade dos outros e molestá-los de alguma maneira, ao utiliza os avanços tecnológicos para fazê-lo por imposição dos seus imaginários poderes de revolta, de esperteza e de falsa liberdade do direito de fazer o que bem entender.
Agora há pouco vi na televisão, uma enorme quadrilha presa, a qual praticava roubos na saída dos bancos. Homens e mulheres de boas aparências. E um pouco mais adiante dois jovens com atividades comerciais estabelecidas fazendo uso de modernos “chupa-cabras” para copiar números de cartões e senhas bancárias.
Da para compreender a que velocidade o desrespeito por si mesmo se deteriora e a que profundidade a consciência da cultura do bem comum está ativa?
A velocidade está inimaginável e a consciência extraordinariamente rala.
- Conforto nas Relações Interpessoais. Mesmo que pareça absurdo ao se comparar as Idades Antigas da Pedra e do Fogo, com as Medias e Contemporâneas este tipo de conforto só existiu enquanto indivíduos se respeitavam mutuamente. Os expoentes em culturas diversas, de diversas áreas ao longo dos tempos eram sempre tomados como exemplos. Mas de algumas centena de anos para cá as estruturas se desorganizaram.
Sempre disse que o “exemplo” tornou-se tão lógico quanto um “vendaval”, mas só temos “ele”, como referência para não perdemos o que entendemos e construímos por civilidade. Daí o prejuízo que se tem com a banalidade. As relações de sociabilidade familiar são vistas na maioria das espécies animais, sem as faculdades desenvolvidas como as dos humanos, embora existam algumas exceções, como as cobras, as tartarugas e algumas outras espécies.
Na espécie humana dos tempos modernos, estas relações estão se mantendo com dificuldades, a duros golpes. As técnicas de construção de conhecimentos, apesar de todo avanço não estão sendo suficientes para estabelecer consciências profundas sobre o valor da cidadania, o que é enormemente preocupante ao se levar em consideração os absurdos que estamos testemunhando por imagens em “alta resolução” diariamente.
É absurdo, mas é verdade. Parece que a essência, a beleza da espécie humana está se degenerando voluntariamente e não há outra explicação senão, a falta de crença na elevação da cultura do bom Senso, a cultura do Respeito ao si mesmo e aos outro como direções firmes para evitar a queda, o retorno completamente ao universo imaginário irracional! O absurdo dos contrastantes absurdos! Depois de tantas conquistas extraordinárias, depois de tantas lutas para chegar aonde se chegou e o ser humano, com as exceções devidas, não se respeita e ainda transfere o desrespeito para os adolescentes, o que prejudica diretamente novas humanidades.
- Aonde nós vamos chegar?
- Será que alguém arrisca um prognóstico?
- Será que não dá para refletir um pouco e reconhecer que para virar esta página triste da evolução a tarefa é individual inicialmente?
A forma com que a maioria dos jovens está enfrentando as Faculdades, sem Ambição Cultural e sem Curiosidade Cultural, o que inibem a Fome de Conhecer e a Fome de Saber está se tornando tão ampla e variada quanto o espectro da luz. Enquanto este se origina do vermelho e vai se adejando, ondulando e se descortinando em belezas envolventes, inimagináveis, uma multidão de jovens universitários sem projetos escritos dos seus objetivos, de maneira a estimular a determinação, mais parece um revoar de pássaros sem rumos, a esvoaçar em universos sem direções, enquanto aposta no acaso os seus sonhos e ideais. Eles, de novo aparados pelas devidas exceções com seus movimentos irresponsáveis desestabilizam culturas com suas banalidades, o que também fragiliza a mecânica, a dinâmica de processos positivos de construções de conhecimentos sustentáveis, os quais nos tempos modernos estão expressivamente inócuos diante dá força do caos, que tem estado se tornando o agente conflituoso espacial do estado mental de pouca inteligência, ou de inteligencias preteridas.
Com a multiplicação de imagens por velocidades inacreditáveis da comunicação tem se estado produzindo tecnologias educacionais que muito tem ajudado aqueles poucos, as exceções sempre aqui referenciadas, que não se descuidam de suas tendências culturais, ou padrões de probabilidades de sustentar memórias de altas resoluções positivamente para servir com o seu melhor em quaisquer atividades que estejam envolvidos. Entretanto, uma maioria assustadora com visões distorcidas do que é um “mundo moderno” querem e estão conseguindo por alterações concepcionais desfazer na maioria, os padrões de equilíbrios nas interseções das relações, ao colocar uns contra os outros no absurdo universo do “viver alerta com suspeita” do viver sobressaltado ao desacreditar dos seus profundos valores individuais onde deveriam sempre se aglutinar conjuntos de bons princípios educacionais.
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